segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A ORIGEM DO UNIVERSO Brahman (PARAM BRAHMA, PARABRAHMA)


O Brahman é infinito, o universo que é a criação do Brahman também é infinito e um dia se dissolve no Brahman. O resultado da soma e dedução do infinito de infinito sempre é infinito.

O único onipotente, onipresente, onisciente, infinito, além do espaço e do tempo é o Brahman. Ele não tem atributos como a forma, a magnitude e as qualidades (Nirguna, Nirakar) e esta além do tempo, do espaço e da imaginação por isso não pode ser descrito com palavras.

Se todos os oceanos servissem de tinteiro, as montanhas de tinta, o galho da árvore divina como caneta e a terra como papel, a própria Saraswati (a deusa da sabedoria) escrevendo o tempo todo, ainda não conseguiria escrever suas qualidades.

A palavra raiz "brih" significa crescer, aumentar ou expandir e "an" significa produzir então Brahman é o começo que expande e se torna o universo inteiro

Brahman é o absoluto, supremo, impessoal, infinito, eterno, a fonte pré-cósmica da divindade, a causa de todas as causas, sem começo e sem fim, do qual todo emana e ao qual todo retorna. Ele não se manifesta mas está presente no maior corpo celestial e em também na indivisível partícula em todo animado e não-animado. Ele é a razão da consciência e da substancia.

Na literatura védica o Parabrahm é chamado de "tat" – aquele e tudo que é manifesto é chamado de "idam" – este. A palavra Brahman mais se aproxima da palavra absoluto. Existe uma diferença entre "Brahman" e "Parabrahma" – além do Brahman, então tudo aquilo que é além do absoluto é Parabrahma. Dentro do nosso propósito, no momento nos podemos desconsiderar esta sutil diferença, assim podendo trocar os nomes com segurança.

Conforme os textos hindus não existe um conceito de começoou de fim do universo. Se assim fosse teria uma data marcada para o começo e outra para o fim do universo. Os textos dizem que o universo segue um processo contínuo de expansão e retração. Assim, quando o ciclo começa, o universo começa existir, expande, no fim da expansão começa retrair e se dissolve para começar tudo de novo. A duração deste ciclo é de 311,04 trilhões de anos que está além da nossa imaginação por isso para assimilar melhor trataremos o presente ciclo como único.

Antes da criação do universo só existia o Brahman na forma não-manifesta e mais nada, nem espaço e tempo, nem sóis e planetas. Por vontade própria, ele se manifestou e sua energia operativa entrou em ação começando o ciclo da expansão. Na opinião de pesquisadores contemporâneos este momento corresponde ao momento de grande explosão do "Big Bang" – a mais recente teoria sobre a criação do universo aceita no Ocidente. Esta teoria é bastante conhecida no Ocidente, por isso, pode ser usada para melhor compreensão do assunto, porque não é conflitante com o tema, mas sim complementar, oferecendo subsídios interessantes quando se trata de valores metafísicos.

Em sânscrito, o fenômeno Big Bang chama-se Bindu Visphot, traduzindo literalmente, explosão do ponto.

1.2 BINDU VISPHOT - O BIG BANG

Nesse momento, liberou-se enorme quantidade de energia radioativa e vibratória e começaram existir espaço e tempo. A dinâmica da energia radioativa tinha uma forma típica que foi denominada na mitologia indiana como "Swastica" e a energia vibratória foi simbolizada pelo "Om". Esses símbolos são usados para o bem estar e prosperidade e podem ser vistos distintamente em todas as cerimonias auspiciosas.

Assim, começou mais um ciclo de expansão e retração, que não foi o primeiro nem será o último. Após o fim do ciclo da expansão haverá retração, quando o universo se dissolverá no Brahman para regenerar de novo.

A evolução do universo acontece em 14 fases, que são chamadas de Manvantaras, cada uma com a duração de 4,32 bilhões de anos. Esse período corresponde a um Kalpa ou um dia do Brahma. A vida do universo é 100 anos ou 36000 dias do Brahma. Um Manvantar é constituído de 71 ciclos menores – Mahayuga, 4,32 milhões de anos, mais um período de inatividade de 25,92 milhões de anos formam um Manvantar e no fim de cada ciclo existe uma devastação parcial.

A primeira fase da evolução, chamada de Svyambhoo Manvantar, foi precedida por uma longa noite de energias radiativas e vibratórias. Não havia céu, nem terra, nem luz, nem escuridão, nada além de absoluto silêncio.

Essa noite foi seguida por um amanhecer com nevoeiro, que formou um grande disco nebular e giratório, dando origem as primeiras galáxias. Isso aconteceu automaticamente, sem uma razão ostensiva, por isso essa fase chama-se Svyambhoo – "aquele que nasceu por si."

O segundo Manvantar foi Svarochisha que significa próprio brilho. Nesse estágio, começaram a se formar os objetos com a própria energia, emitindo luz como nossa estrela, o sol.

Durante o terceiro Manvantar – Uttama, o melhor, o sol que tinha brilho próprio e grande fonte de energia, atingiu a melhor forma e temperatura para criar e manter sua família de planetas.

A expansão do universo não pára por aí e com o tempo, o planeta terra foi abençoado para oferecer condições de gerar várias formas de vida.

Há várias teorias sobre a evolução do universo mas, a mais aceita, no mundo ocidental e entre os cientistas, é a teoria do "Big Bang". Ela se assemelha com a teoria que foi proposta pelos sábios indianos nos tempos antigos, quando não haviam equipamentos de medição, computadores e telescópios, mas os sábios tinham desenvolvido outros sentidos e métodos de conhecimento. A proposta acima é uma tentativa de conciliação entre os dois pontos de vistas.

Conforme a opinião dos cientistas, a base de tudo que existe no universo, desde as galáxias, as estrelas, os sóis, até o ser humano, a formiga ou a menor partícula existente, é o hidrogênio e helium, que foi criado nos primeiros 100 segundos após o Big Bang. Assim, todas as formas de matéria, que nos vemos no universo e inclusive no nosso planeta, são meramente diferentes aspectos desses elementos e isto não nos exclui.

A teoria do Big Bang é fundamentada somente nos valores metafísicos mas os hindus associam a evolução do universo com valores metafísicos e espirituais. Assim, para eles, a manifestação do Brahman resultou na criação da "trindade divina".

Adi Shakti (a energia primordial) através de seus três principais aspectos – a trindade divina, rege o universo.

o Criação por Brahma

o Preservação por Vishnu

o Transmutação por Shiva

Fundamentalmente os três são unos e interdependentes, isto é, um não pode existir sem o outro, porque são as diferentes formas da mesma energia inicial. O mais importante é entender os atributos, não as formas ou figuras que foram criadas posteriormente pela imaginação humana.

A "Trindade Divina" é o fundamento do hinduísmo, todas as outras divindades e deidades são uma ou outra forma aliadas a ela, por exemplo, Saraswati – deusa da sabedoria é esposa do Brahma; Laxmi – a deusa da riqueza é a esposa do Vishnu; Ganesh é o filho de Shiva; Rama e Krishna são encarnações de Vishnu.

ADI SHAKTI

TRINDADE DIVINA - BRAHMA, VISHNU, SHIVA

1.3 BRAHMA - O CRIADOR

O Brahma – o primeiro da trindade divina, deu o primeiro impulso na criação do universo. Tudo que observamos, através dos nossos sentidos, é obra dele. Cosmologicamente ele é Hiranya Garbha – o ovo dourado, a bola de fogo, a partir da qual o universo se desenvolve.

Conforme a mitologia, na forma personificada ele tem quatro cabeças representando o controle sobre o tempo (quatro yugas) e espaço universal, a moringa na mão – água da vida, o símbolo da fertilidade e criação; na outra mão, os quatro Vedas, simbolizando o conhecimento e a consciência.

O tempo de duração da vida do Brahma, inclusive da trindade, é idêntico ao ciclo do universo. Durante esse período, são provocadas varias devastações parciais, que são denominadas como as noites do Brahma e ao acordar, ele começa o próximo ciclo de vida.

1.4 VISHNU - O PRESERVADOR

Vishnu, vem da palavra raiz "vis" – entrar, penetrar, difundir, e é assim, que ele sustenta e preserva o universo, integrando-se a sociedade. Ele se manifestou na terra através de suas nove encarnações, demostrando para a humanidade a moral e como viver em harmonia cósmica. Rama, Krishna e Buddha são consideradas suas três últimas aparições na terra.

Nas imagens personificadas, ele aparece com quatro maõs carregando a concha – energias vibratórias, o disco – chakra – o tempo, gada – o terror dos maus, o lótus – amor e fertilidade. Também, aparece deitado nas profundas águas em cima da serpente, demostrando a serenidade, a calma, o ambiente a doméstico, felicidade e o domínio sobre tempo.

1.5 SHIVA O TRANSMUTADOR

O terceiro aspecto do Trimúrty – trindade divina, é o Shiva, cuja função é de destruição, como popularmente é conhecido mas o termo apropriado deve ser regeneração ou transmutação, porque quando as reformas não proporcionam resultados satisfatórios, o velho deve ser derrubado para dar espaço a um novo. Shiva, como regenerador, evita e elimina doenças e como transmutador, eleva o ser aos níveis superiores de consciência. Foi através dele que os sábios receberam o conhecimento do yoga.

Na sua personificação, ele é descrito nas várias formas, principalmente sentado na posição de yogi, emanando paz e tranqüilidade. Os três olhos representam passado, presente e futuro; a lua crescente, na cabeça, indica o tempo medido pelas fases da lua; a serpente, na garganta, o tempo em ciclos e a imortalidade espiritual; a garganta dele é azul, por tomar o veneno para bem da humanidade; o Ganges, saindo da cabeleira significa a água da vida; o damroo (pequeno tambor), indica energias vibratórias e o tridente é o terror dos maus elementos.

1.6 OS CICLOS DO TEMPO

Os menores ciclos

60 Tatparas = 1 Paras
60 Paras = 1 Vilipta
60 Vilipta = 1 Lipta
60 Lipta = 1 Vighatika
60 Vighatika = 1 Ghatika
60 Ghatika = 1 Dia

Um dia (24 horas) = 86.400 Segundos = 46.656.000.000 Tatparas
1 Segundo = 540.000 Tatparas

Os maiores ciclos

Sat yuga 1.728.000 anos
Treta yuga 1.296.000 anos
Dwapar yuga 864.000 anos
Kali yuga 432.000 anos
Maha yuga 4.320.000 anos

1 Manvantar = 71 Maha yuga = 71 x 4.320.000 = 306.720.000 anos
14 Manvantar = 14 x 306.720.000 = 4.294.080.000 anos

Um Kalpa que é um dia do Brahma é composto de 14 Manvantars ou 1.000 Mahayugas. Antes do primeiro e após cada Manvantar existe um período de 1.728.000 anos denominados Sandhya e Sandhyamsha (junção) respectivamente. Assim dentro de um ciclo de 14 Manvantras existem 15 períodos de Sandhyas.

Um Kalpa = 1 dia do Brahma = 14 Manvantar + 15 Sandhya ( Periodo de Junção)

= 14 x 306.720.000 + 15 x 1.728.000 anos

= 4.294.080.000 + 25.920.000 anos

= 4.320.000.000 anos ou 1.000 Mahayugas

A duração da vida do Brahma é de 100 anos ou 36.000 dias + 36.000 noites.

( O ano vedico esta baseado em ciclo lunar, não solar)

Vida do Brahma = 72.000 x 4.320.000.000 anos = 311.040.000.000.000 anos

Este período é chamado Maha Kalpa que simboliza a exalação do Brahman; durante a inalação o universo volta a se dissolver no Brahman completando um ciclo de expansão e retração.

De acordo com os modernos cálculos astronômicos baseados nos dados das escrituras Vedicas nos estamos no 4o Yuga (Kali yuga) que começou no dia 20 de fevereiro de 3102 a.C., do 28o Maha yuga, do 7o Manvantar (Veivasvat).

Tempo percorrido no presente Kalpa
(Shwet Varah Kalpa)
em anos humanos

Duração dos 6 Manvantaras

6 ´ 306.720.000

=

1.840.320.000

7 Periodos de Sandhyas

7 ´ 1.728.000

=

12.096.000

27 Maha yuga

27 ´ 4.320.000

=

116.640.000

Sata yuga


=

1.728.000

Treta yuga


=

1.296.000

Dwapar yuga


=

864.000

Kali yuga até 19/02/1998

3102+1998

=

5.100

Total


=

1.972.949.100


1.7 O ESPECTRO ELETROMÁGNETICO

http://www.meetaravindra.com/meeta/vendas/vendas.htm

COSMOS - OS ELEMENTOS

COSMOS

OS ELEMENTOS

Na teosofia ocidental existe uma diferença entre cosmo e kosmo. O primeiro representa o sistema solar e segundo, o galáctico. Mas para ser mais prático e convencional aqui, a palavra cosmo é usada no sentido mais abrangente, envolvendo todo o universo, que é representado pela palavra sânscrita Brahmanda. Segundo as mesmas fontes a palavra "microcosmo" significa pequeno arranjo ou pequeno universo e refere-se, geralmente, ao ser humano que é a imagem do seu criador – o macrocosmo e contém tudo que este último tem e é a parte inseparável dele. Por isso o microcosmo contém em si o evoluído ou não-evoluído, o implícito ou explícito, o ativo ou latente, tudo que o macrocosmo tem, seja energia, força, matéria, substância, qualidades e tudo mais. A origem dos dois é a mesma, as energias, as substâncias e o futuro também. Não é a toa, que o homem é chamado de filho de deus.

O cosmo é constituído, basicamente, de sete Tattvas (elementos), que são a essência do cosmo – a supra consciência, a força motriz e a rudimentar matéria-prima. Esta última, a matéria prima deu origem aos cinco elementos conhecidos. Da supra consciência e da força motriz a humanidade ainda não tem muito conhecimento mas isso deve acontecer no futuro. Estes elementos começaram existir a partir do seu superior próximo na seguinte seqüência:

o Adi tattva – Princípio Original ou a Consciência

o Anupapadaka tattva – Princípio Espiritual ou a Força Motriz

o Akasa tattva – Princípio do Éter

o Vayu tattva – Princípio do Ar

o Tejas tattva – Princípio do Fogo

o Apas tattva – Princípio do Água

o Prithivi tattva – Princípio do Terra.

Todos estes tattvas, além de ter própria propriedade dominante, tem as propriedades de todos os superiores e, durante a dissolução do universo, retornarão a origem na ordem inversa e, finalmente, ao Brahman.

Como todos os tattvas retêm as propriedades do primeiro, o Adi tattva ou a consciência suprema está sempre presente em todas as formas da matéria, desde o átomo até a galáxia. Assim a matéria e a consciência são sempre coexistentes.

No Ocidente, os últimos quatro elementos são bastante conhecidos e percebidos na forma densa pelos nossos sentidos


2.2 MACROCOSMO E MICROCOSMO

A figura anterior demonstra a correspondência dos tattvas (elementos) no corpo humano representados pelos chakras. Os dois primeiros O Brahman representado pelo Principio de consciência e As energias ou Princípio espiritual, são representadas pelos Sahastrar Chakra – Plexo Cerebral e Agya Chakra – Plexo Pineal respectivamente. Estes são conhecidos somente após a abertura da comunicação através de Akasha entre os planos inferiores e superiores.

Quando a consciência se manifesta em plano material toma uma forma física ou um corpo físico, que tem cinco revestimentos, cada um mais sutil do que outro.


Cada revestimento interno, é mais sutil do que o externo. Sutileza quer dizer a capacidade de difusão, por ex: a água é mais sutil do que o gelo e o vapor é mais sutil do que água. O corpo físico é mais denso do que todos. O ar vital, que precisamos para manter o corpo, ocuparia mais espaço do que o corpo, por isso é mais sutil. Nossa mente, pode chegar onde nossa respiração não alcançaria, assim o revestimento da mente é mais sutil do que o revestimento do Ar Vital. O Atman, núcleo, é mais sutil de todos e corresponde ao Brahman, no macrocosmo.

Esses revestimentos, dependem da evolução de cada tipo de organismo. As plantas têm a mente e o intelecto rudimentar mas superior ao das pedras e inferior ao dos animais. Sem dúvida, em toda natureza, o homem é o ser mais evoluído.

A seguir, uma breve descrição destes revestimentos:

1. Annamaya Kosh – Revestimento da Matéria: o corpo físico que pode ser observado pelos nossos sentidos. Este revestimento é mantido pela alimentação e depois da morte voltará a ser alimentação. Os órgãos do conhecimento e da ação são parte deste revestimento.

2. Pranmaya Kosh – Revestimento do Ar Vital: o ar que respiramos chega a cada célula do nosso corpo através do sangue e sem ar a vida não é possível. O prana não se refere somente ao oxigênio mas a toda função do ar dentro e fora do corpo.

3. Manomaya Kosh – Revestimento da Mente: a mente pode chegar aos lugares vistos e pode imaginar as coisas não vistas. Ela nunca acalma, não fica quieta, cria as dúvidas e perguntas. Por seu vasto alcance, é considerada mais sutil do que a matéria e o ar vital.

4. Vigyanmaya Kosh – Revestimento do Intelecto: a mente duvida e pergunta, o intelecto determina, resolve e responde. O intelecto é mais sutil do que a mente porque entra no desconhecido para trazer as respostas.

5. Anandmaya Kosh – Revestimento do Êxtase: no estado de sono profundo, a pessoa experimenta certa paz e tranqüilidade. É denominado o revestimento da felicidade, porque todos experimentam a mesma paz e felicidade não interessa qual for o seu estado: acordado ou sonhando, saudável ou doente, rico ou pobre, jovem ou velho, feliz ou infeliz.

Dependendo do estado evolutivo todos os organismos que existem no mundo são divididos em quatro categorias ou reinos – mineral, vegetal, animal e humano. O desenvolvimento dos revestimentos faz a diferença principal. Uma pedra ou uma planta ou um animal, nenhum deles tem o intelecto desenvolvido como o do ser humano. Como a Terra um dia, durante o processo de evolução, era só um aglomerado de poeira, o ser humano também passou por este processo até chegar ao estado atual.

O Atman – a centelha divina, que existe no microcosmo está coberto por várias camadas, sendo a última a mais densa, o corpo físico. Geralmente nós sentimos a existência só deste corpo e sempre nos referimos a ele como "este corpo". Raramente nós temos consciência dos outros revestimentos como o mental e o intelectual e quase nunca temos a consciência do Atman dentro de nós. Tendo a consciência somente do corpo físico, todas as nossas ações durante a vida são dirigidas para a sua manutenção e os resultados positivos ou negativos trazem felicidades ou tristezas. Um dia este corpo não consegue mais processar a energia do Prana e nós achamos que é o fim de tudo.

Nós nunca deixamos de ser o Atman mas, por ignorância, quando nos identificamos com os revestimentos mais densos, como corpo físico, criamos egos ou individualidades a nosso respeito. Por ex: sou pequeno, sou pobre, sou rico, estou preocupado, estou doente, etc. Assim, cada um de nós tem diversas personalidades, identificando-nos com um ou outro revestimento. Muitas vezes, optamos por satisfazer um ego relacionado com um corpo em detrimento do outro. Por ex: a conselho do médico deixamos cortar fora uma parte do corpo que trará conseqüências mais graves no futuro e uma tortura mental; ou um político que sofre torturas mentais e físicas por um ideal que tomou conta do seu intelecto.

Assim fica fácil de entender porque os grandes mestres e profetas, que descobriram a natureza verdadeira do seu próprio ser, aceitaram as dores físicas e mentais com prazer. O Cristo pediu perdão para seus matadores e o Gandhi ao cair no chão com três balas cantou o nome de Deus.

Conforme a teosofia ocidental, a constituição humana tem três elementos: o espírito, a alma e o corpo. O espirito pode ser considerado como o atman e a alma como atma ou jivatma, que é denominado por outros nomes dependendo das linhas filosóficas. O atma evolui através das experiências e do karma da pessoa. Ele é a ponte entre o Atman e o corpo e é imortal. Quando o corpo morre, o atma continua sua trajetória de evolução e reencarna com outro corpo. Toda filosofia indiana está fundamentada na lei do karma – causa e efeito e para sofrer os resultados positivos ou negativos dos próprios karmas, o atma precisa encarnar tantas vezes quantas forem necessárias. Quando o atma se desenvolve bastante e fica sem nenhum karma, não reencarna mais, todos os revestimentos se dissolvem e ele se funde no Brahman.

Os Chakras

CENTROS DE ENERGIA

Os Chakras

Partindo do princípio que microcosmo surgiu do macrocosmo, podemos deduzir seguramente que os dois são formados nos mesmos padrões, isto quer dizer que eles têm mesmas energias, elementos e tudo mais. Assim, o corpo humano na sua integridade (todos os revestimentos) tem os sete tattvas e recebe continuamente as energias do cosmo. Os centros de processamento destas energias são chamados de chakras.

Chakra em sânscrito significa roda, círculo e ciclo. Nos tratados de yoga os chakras são descritos como os centros de energia psíquica sutil que esta sempre fluindo dentro do nosso organismo através de três naris (canais) principais, que se chamam Ida, Pingala e Sushmna e se estendem, envolvendo a coluna vertebral. Os chakras que correspondem na maioria das vezes os plexos nervosos anatômicos, são formados pelo entrelaçado destes canais. Conforme o Shiv Svarodaya (ensinamentos de Shiva sobre as energias vitais) existem 72.000 naris (canais). Destes, dez são mais importantes. No corpo sutil do ser humano, estes canais tem função de conduzir os dez tipos de energias vitais mais importantes. Estes centros e canais não são tridimensionais, por isso, não podem ser observados fisicamente no corpo mas, através de yoga e meditação é possível visualizar a forma, cor e as outras propriedades deles.

Nas pessoas em geral, os chakras aparecem como círculos com aproximadamente 5 cm. de diâmetro, de cores foscas mas nas pessoas evoluídas espiritualmente, eles se tornam brilhante e maiores e giram em forma de redemoinho.

4.1 DESCRIÇÃO GERAL

4.1.1 MULADHAR CHAKRA BÁSICO

Localização

Plexo pélvico, região entre ânus e genitais, extremidade da coluna vertebral (cóccix)

Pétalas

Quatro

Bij Mantra

Lam

Elemento

Terra

Loka (Plano)

Bhu loka

Nota musical

Dha (Lá)

Cor

Amarela

4.1.2 SWADHISHTHAN CHAKRA SACRO

Localização

Plexo hipogástrico, região púbica

Pétalas

Seis

Bij Mantra

Vam

Elemento

Água

Loka (Plano)

Bhuvar loka

Nota musical

Pa (Sol)

Cor

Azul claro

4.1.3 MANIPURA CHAKRA

PLEXO SOLAR

Localização

Plexo solar, plexo epigástrico

Pétalas

Dez

Bij Mantra

Ram

Elemento

Fogo

Loka (Plano)

Swa

Nota musical

Ma (Fá)

Cor

Vermelho escuro

4.1.4 ANAHAT CHAKRA CÁRDIACO

Localização

Plexo cardíaco

Pétalas

Doze

Bij Mantra

Yam

Elemento

Ar

Loka (Plano)

Maha - equilíbrio

Nota musical

Ga (Mi)

Cor

Verde

4.1.5 VISHUDDHA CHAKRA LARINGEO

Localização

Plexo carótida, região da garganta

Pétalas

Dezesseis

Bij Mantra

Ham

Elemento

Akasha – Éter

Loka (Plano)

Gyan loka

Nota musical

Ni (Si)

Cor

Cinza prateado

4.1.6 AGYA CHAKRA

TERCEIRO OLHO

Localização

Plexo pineal, região entre sobrancelhas

Pétalas

Duas

Bij Mantra

Om

Elemento

Anupapadaka tattva – Princípio Espiritual ou a força motriz

Loka (Plano)

Tapa loka

Nota musical

Re (Ré)

Cor

Azul brilhante

4.1.7 SAHASRAR CHAKRA – CORONÁRIO

Localização

Plexo cerebral, corpo caloso

Pétalas

Um mil

Bij Mantra

Visarga – som aspirado, essência de todos os sons, Alap

Elemento

Adi tattva – Princípio Original ou a Consciência

Loka (Plano)

Satya loka

Nota musical

Sá (Dó)

Cor

todas as cores reunidas


O CAMINHO DA KUNDALINI


4.2 ATRIBUTOS

Os chakras, ou centros de energia estão ligados um ao outro com um formidável sistemas de nadis – os canais, assim, vinculam nosso corpo físico com outros corpos sutis. É por causa dos chakras e nadis que nossos cinco corpos funcionam suave e integralmente como um organismo e a consciência pode fluir através de todos os corpos, transitando de físico para emocional, emocional para espiritual ou mental etc., instantaneamente. Estes corpos não funcionam separadamente mas em conjunto na nossa consciência cotidiana.

Todos os seres humanos têm estes chakras e nadis presentes nos seus corpos e eles não precisam ser acordados porque não estão dormindo. Estão funcionados até a morte. O que pode acontecer é que um ou outro, ou todos os chakras estão funcionando com forças diferentes, consequentemente, o aspecto representado por este chakra fica com maior evidência na vida da pessoa em detrimento dos outros. Por ex.: na vida das pessoas materialistas o campo espiritual fica esquecido criando um desequilíbrio na personalidade.

O sistema energético no corpo deve ser observado com uma visão holística, por isso não existem limites rígidos de influência de cada chakra. Todos os comandos e controles de funcionamento dos diversos corpos, em geral, partem do cérebro onde situam os chakras coronário e terceiro olho, que predominam os outros. Uma deficiência relacionada aos órgãos sexuais, regidos pelo segundo chakra, não é causada necessariamente por ele mas pode estar enraizada no outro chakra superior. Assim a causa de uma úlcera no estômago, pode estar localizada no chakra da garganta se a pessoa não consegue ou não pode gerenciar seus problemas de comunicação.

Os atributos individuais de cada chakra devem servir como referência para um estudo holístico e mais abrangente.

Muladhar Chakra –Básico

Localizado na base da espinha dorsal governa a nossa existência física que também é resultado das ações dos nossos karmas das vidas anteriores, e assim ele governa também as memórias passadas. Individualismo, egoísmo, físico, materialismo fazem parte das qualidades deste chakra. Tudo que nos faz sentir confortável no mundo físico está relacionado a este chakra e quando ele não está balanceado nós podemos sentir insegurança material, que pode levar ao exagero na comida refletindo nos outros chakras. Ao reafirmar o ego ou o autoritarismo o indivíduo pode prejudicar os outros, o que com certeza, vai criar karmas negativos, que vão passar para memória trazendo resultados correspondentes no futuro.

Swadhishthan Chakra – Sacro

Uma vez resolvido a questão da própria sobrevivência, a preocupação vem com a existência da espécie. Este chakra esta relacionado com a procriação. A visão é um pouco mais ampliada e começa absorver os outros no relacionamento. No primeiro chakra foi estabelecida a habilidade de acesso à memória, aqui as informações são processadas e entra o fator razão, dando origem as muitas perguntas. A água representa as emoções e as profundezas o subconsciente. Quem fica boiando na superfície, não consegue pegar as pérolas que estão no fundo.

Manipur Chakra – Plexo Solar

Os primeiros chakras envolvem energias que fazem a pessoa sentir confortável no mundo externo, este chakra está associado ao relacionamento com o próprio ser. Dependendo da fluência das energias a força de vontade deste chakra adiciona poderes à consciência mundana através do primeiros chakras ou abre as portas para a consciência superior relacionada com próximos chakras. Quando a energia do fogo é canalizada adequadamente, eleva o ego ao máximo de proeminência e as experiências emocionais são extremamente intensas. A pessoa supera o medo da perda e o instinto de reação; a retaliação e a vingança são dominadas. Desenvolvendo uma forte relação com o próprio ser, a pessoa cria a confiança em si que é a base para se alcançar os objetivos sem prejudicar os outros.

Anahat Chakra – Cardíaco

A fraternidade, o amor, a compreensão, a solidariedade, o perdão, a esperança, a confiança nos outros, etc., são as qualidades relacionadas a este chakra. Pessoas com este chakra balanceado são contentes, tem visão muito ampla e conseguem enxergar os assuntos cotidianos de todos os ângulos. Tem profunda compreensão da natureza humana o que proporciona a habilidade de ajudar os outros, resolver conflitos e confusões sem esforço. Quando este chakra está muito fraco a razão se rende às fortes emoções e a pessoa sofre muito porque quer dominar os outros pela força e encontra tremenda resistência. Perdendo a habilidade de discernir o certo e o errado, perde a confiança dos outros resultando em experiências amargas.

Vishuddha Chakra – Laríngeo

A comunicação está relacionada a este chakra. É a ponte entre o coração e mente. Com este chakra balanceado a comunicação para planos inferiores e superiores acontece com muita harmonia. O elemento Akasha representa a essência de todos os elementos densos, a pessoa já tem domínio sobre seus sentimentos, emoções e problemas cotidianos. A busca do conhecimento verdadeiro fica em primeiro plano ultrapassando as barreiras de cultura, religião e origem. O indivíduo começa agir em vez de reagir aos impulsos dos sentidos. O fé se afirma e aumenta a capacidade de julgamento sem discernimento e preconceito. O maior problema que pode ocorrer nesta busca frenética, é que a pressa e a impaciência pode levar aos caminhos obscuros e a pessoa se perde seguindo os falsos gurus (orientadores), que prometem realizações instantâneas.

Agya Chakra – Terceiro olho

Os olhos representam o tempo, o passado e presente e o terceiro olho, o futuro. Este chakra bem ativo proporciona consciência do tempo ou as barreiras do tempo são derrubadas e a continuidade fica clara. A pessoa ultrapassa todos os limites criados por elementos densos. A comunicação com o divino ou seu próprio ser fica fácil e o conhecimento se amplia sem limites. A consciência se torna soberana de tal forma que a pessoa até no estado de sono fica consciente. O sentimento da dualidade – Eu e Tu começa desaparecer.

Sahasrar Chakra – Coronário

O último chakra coronário representa o próprio ser que corresponde ao Brahman. A realização deste chakra geralmente acontece no estado profundo de meditação. Neste estado não existe nenhuma barreira, ele atinge a união e se torna a parte integrante do Brahman – O onipresente, onisciente e onipotente. Não existem mais sentimentos, emoções e desejos. A pessoa é agraciada com todos os poderes imagináveis mas transcende qualquer desejo de usá-los. Ela participa do mundo como testemunha e não como envolvido e desfruta do estado de felicidade interminável, porque estabeleceu um perfeito equilíbrio nos cinco corpos.

Colaboração da Dra. Eneida Sampieri

CRM : 45094

Especialização : Medicina Chinesa, Acupuntura e Medicina Natural

É com grande alegria que vejo assunto tão sagrado, de conhecimento espiritual tão antigo e ao mesmo tempo atual, ser divulgado de uma maneira simples e clara, possibilitando aos aspirantes espirituais aqui no ocidente um melhor entendimento dos ensinamentos védicos, que foram transmitidos por Deus aos antigos Rishis da Índia há muitos milênios atrás.

Os chakras ou centros de energia no nosso corpo são os locais onde se geram e conectam as energias dos corpos sutis com o corpo físico.

Distúrbios das emoções, traumas energéticos, emocionais e ou físicos podem lesar estes centros gerando problemas de saúde. Por exemplo, traumas físicos em regiões do corpo correspondente à determinado chakras pode causar dificuldade na circulação de energia e conseqüentes problemas correlacionados.

As glândulas endócrinas no corpo humano têm correlações diretas com os chakras e com os sentimentos ou emoções. Citando rapidamente problemas relativos ao primeiro chakras ou chakras da base, que estão correlacionados com sentimentos de medo, insegurança, ancoramento no corpo. O primeiro chakra funciona como uma bomba propulsora favorecendo a circulação da energia criadora (shakti) gerada nos órgãos criadores para os centros superiores e para todos estes problemas neste chakra podem levar, por exemplo, à inflamações, infecções ou outras, na região cossigea, do osso sacro e região anal. Para evitar estagnações nestas áreas é sempre bom praticar o exercício de yoga chamado mulabandha que é um exercício de contrações e relaxamentos suave da musculatura anal. Este exercício pode ser associado com outro similar de contração e relaxamento suave de toda a musculatura pélvica e genital permitindo o de leite que é gerado nesta área fluir para todo o corpo.

No segundo chakra temos a energia sexual e criadora sendo gerada, problemas na circulação energética nesta área também reflete nos órgãos genitais e reprodutores, é importante observar que todos centros de energia estão interrelacionados e muitas vezes o fato de os órgãos do segundo chakra por exemplo ter algum problema pode estar relacionado à problemas de sentimentos da pessoa com relação à própria sexualidade. Muitas vezes jogamos para esta área nossos desamores, mágoas, bloqueios, culpas, criticas, preconceitos, etc., sentimentos que muitas vezes produzem doenças. Já tive oportunidade de observar em uma paciente que tinha um tumor no ovário, a tremenda mudança que ocorreu com um ano de tratamento com a simples recomendação de sentir e olhar com amor e carinho para esta parte do corpo, em um ano o tumor desapareceu.

No terceiro chakra, temos o centro umbilical onde toda a energia do corpo se centra, onde nos ligamos concretamente com o corpo físico através do "cordão de prata". O terceiro chakra está relacionado com Ganesha, com a força física, com a abertura de nossos caminhos, tanto internos como externos. Na literatura chinesa e indiana observamos que existem grandes correlações e 1igações entre os dois primeiros chakra e os dois seguintes que são o umbilical e o plexo solar um pouco acima do umbigo. Estes centros de energia- abdominais estão relacionados com profundas energias vitais e na medicina chinesa antiga se ensina concentrar atenção sempre no umbigo, quando sentimos o coração pulsar no umbigo a energia vital ou chi ou shakti é liberada e pode-se sentir o calor agradável dela circulando por todo o corpo; nos trabalhos de yoga e do Tao In (que é o trabalho interior), aprendemos a administrar e controlar a circulação energética permitindo seu fluxo gerando bem estar, saúde, deleite, prazer, longevidade, etc. Neste terceiro plexo está a nossa relação com o universo, com o mundo, com as pessoas, problemas nestes relacionamentos se refletem a nível dos órgãos internos nesta área do corpo. Diz-se que este plexo está fechado quando olhamos para o céu estrelado à noite e não conseguimos sentir que o universo nos pertence ou seja nos sentimos isolados neste caso há um bloqueio ou sentimento de separatividade de você com o mundo e as pessoas, mágoas, culpas, ódios, invejas, ciúmes bloqueiam a circulação deste chakra também.

Na medicina chinesa sabemos que os órgãos geram sentimentos ou emoções, as emoções são definidas como sentimentos contidos. Por exemplo, o fígado está relacionado com o ciúme, ódio, raiva, inveja, frustração. O fígado é o órgão chave da energia da mulher, é o canal energético do fígado que passa pelos órgãos sexuais e geradores da mulher, isto nos permite entender porque estes sentimentos predominam e afloram mais nas mulheres que nos homens, e é mais comum a mulher ter problemas do fígado e vesícula, principalmente na idade em que a energia sexual criadora está mais intensa entre 20 e 40 anos de idade. No homem a energia do aparelho genital e reprodutor é toda controlada pelo rim, os sentimentos gerados energéticamente nos rins são os diversos tipos de medo, o pânico, o autoritarismo, etc. É difícil dizer quem surgiu primeiro se o ovo ou a galinha, ou seja, se é o sentimento que gera o desequilíbrio físico, ou é o desequilíbrio físico, nutricional, ambiental que desequilibra os sentimentos. O que se tem observado é que a vida é uma mistura de tudo e mesmo o ayurveda ou outros tratados de medicina natural entendem que os alimentos formam os sentimentos, então temos os alimentos satvicos, rajasicos e tamasicos, etc., isto também é ensinado pelos grandes mestres da Índia como Sri Satya Sai Baba.

Sentimentos como a preocupação desgastam a energia do baço pâncreas, relacionado com a digestão, formação de gases. A autocrítica e a dúvida adoece a vesícula. A ansiedade assim como a alegria excessiva lesa o coração e a tristeza consome a energia do pulmão. Todos os sentimentos são normais quando passageiros o que os torna patológicos, lesivos ao organismo são os sentimentos contidos que se transformam nas chamadas "emoções" em medicina chinesa.

Neste contexto foi dado a importância do terceiro chakra que considera a atividade de todos os órgãos abdominais.

No quarto chakra, o cardíaco, fundamental para a saúde, para a vida, para a espiritualidade. O terceiro e o quarto chakra são muito trabalhados no bhakti yoga ou yoga devocional, cultivar sentimentos de reverência e devoção à Deus, ao sagrado, ao mestre ou Guru, traz resultados maravilhosos para a saúde do corpo e da alma. Os distúrbios no chakra cardíaco podem levar a problemas físicos no coração, por exemplo, a ansiedade, as preocupações, o estresse e sentimentos guardados geram contrações (espasmos) no sistema circulatório, cansaço excessivo também indiretamente causa problemas cardíacos porque desgasta a energia dos rins e é o rim que manda a energia para cima, se ele está desgastado pelos diferentes tipos de cansaço a energia não sobe gerando problemas cardíacos. Existem 3 tipos básicos de cansaço, o cansaço físico (esforços físicos), cansaço mental e o cansaço sexual. Se diz em medicina chinesa que a energia da vida ou essência se perde com o semem e com o sangue e este tipo de perda da vida não pode ser reposta, daí o evitar desperdícios pode trazer benefícios adicionais na qualidade quanto na quantidade da vida. O chakra cardíaco esta localizada na região da glândula timo e esta relacionada com a formação da imunidade.

O chakra laríngeo é harmoniosamente ativado com o cultivo regular dos cânticos devocionais, quando estes são cantados de coração cheio, plenamente, com a alma. Problemas neste chakra podem se somatizar com problemas na tireóide, mágoas guardadas, coisas que não engolimos e nem colocamos para fora ou seja, que ficam entaladas na garganta, novamente desamores.

O chakra frontal, relacionado com o intelecto e a mente, pensamentos, geralmente muito ativo nos intelectuais ocidentais, mas nem sempre bem equilibrados pela harmonia do amor no coração. Ainda temos muito que aprender com a sabedoria oriental sobre os potenciais latentes em nosso interior. Por ex., o chakra coronário, relacionado com a glândula pineal. É muito comum encontramos raio-x de cabeça de pessoas idosas com a pineal calcificada, a medicina ocidental não tem explicação para isto. Será que não estaria relacionado com a falta de uso; ficamos a pensar também se o cultivo de intuição, meditação e devoção seriam necessárias para ativar esta glândula?

Ravindra, muito obrigada pela oportunidade de colaborações para o seu trabalho, espero que estes escritos sejam proveitosos.

Shanti !

Eneida


4.3 ANALÍSE DO FUNCIONAMENTO

O funcionamento dos chakras não é tridimensional por isso a medição da performance (rendimento) através de métodos conhecidos não é possível. Isto deve ser medido no nível de energia ou vibrações. Quando um chakra vibra diferente de sua vibração natural ele se encontra desbalanceado.

Um chakra desbalanceado não processa as energias cósmicas corretamente, resultando deficiência e desequilíbrio nos corpos sutis. Como todos estes corpos são interligados, às vezes, os efeitos aparecem no corpo físico na forma de distúrbios e doenças. Nos outros planos, estes efeitos muitas vezes são despercebidos ou ignorados pela própria pessoa mas facilmente detectados por pessoas especializadas no assunto como psicoterapeutas, psicólogos, etc.

Desde o básico até o coronário, cada um destes chakras governam os aspectos da personalidade em todos os corpos, dependendo da sua localização e características. Quando uma anomalia aparece no corpo físico, não devemos esquecer que as raízes desta já estavam algum tempo nos outros corpos, seja no mental, emocional ou outros. Ao analisar deve-se levar também em consideração que cada chakra representa as qualidades dos outros chakras superiores. Um desequilíbrio do chakra do coração certamente afetará os chakras do plexo solar, plexo pélvico e básico.

Uma análise detalhada e correta do funcionamento dos centros de energia seria muito complexa e complicadíssima exigindo profundo conhecimento do sistema e do próprio ser. A forma de análise apresentada nas próximas páginas é uma tentativa preliminar mas serve para começar o processo de auto análise.

Responda cada pergunta e coloque a letra respectiva na primeira elípse. Dê uma pontuação para cada letra : a=1, b=2, c=3, d=4 e e=5 e coloque na segunda elipse. Soma todos os pontos e coloque na elipse em frente ao total.


O máximo de pontos de cada chakra é 50. Até 20 pontos deve ser considerado o chakra com atividade fraca, 20 a 35 com atividade normal e com mais de 35 pontos com forte atividade ou capacidade de processamento das energias elevadas.

Além de analisar individualmente cada chakra, deve ser analisado todo o conjunto, a distribuição dos pontos, se um chakra está muito forte em detrimento dos outros, qual personalidade – física, emocional, mental ou espiritual está mais evidente, etc.

O fluxo da energia cósmica, dentro do corpo, é circulatório e isso significa de cima para baixo e vice versa, passando por todos os sete centros que representam um lado consciência e outro lado a matéria. Quando um destes centros é bloqueado ou fraco interrompe o fluxo normal da energia criando desarmonia nos corpos sutis. Por ex.: se o chakra básico não funciona normalmente, ainda a energia cósmica pode chegar a ele a partir do chakra coronário mas o fluxo para cima não acontece. As idéias da pessoa podem ter consciência, criatividade e amor mas tudo fica na fantasia e ela não consegue colocá-las em prática. Quando os chakras superiores estão bloqueados o indivíduo tem a energia da terra à disposição, representada pelo primeiro chakra. Está com situação financeira sólida, altamente prático, muito objetivo mas falta criatividade, sonhos, esperanças e consciência, o que o torna egocêntrico.

Estes são os exemplos extremos, que raramente acontecem na prática. A análise holística deve servir para se achar os bloqueios e corrigi-los.

Deixaremos de apresentar o restante deste capítulo, porque várias perguntas exigem uma explicação pessoal e aprofundada. As respostas erradas certamente vão conduzir para uma análise incorreta do respectivo chakra. Recomendamos para as pessoas interessadas no apronfundamento deste conhecimento, que façam nosso curso de mantras.


4.4 HARMONIZAÇÃO

O Macrocosmo é formado por sete tattvas (elementos). Cada um destes tattavas é uma manifestação mais grosseira da mesma energia denominada como Shakti e estão representadas no nosso corpo como sete chakras. Cada chakra tem uma vibração representada por uma letra da língua sânscrita. Estas letras são chamadas de Bij Mantras (Mantra sementes) dos chakras. Ao repetir estes mantras corretamente é possível ter o acesso ao aspecto da energia cósmica que o respectivo chakra representa. Os sábios dizem que para entrar em harmonia com macrocosmo este é o método mais fácil. Na Índia todas as formas de devoção como orações, rezas, meditação etc., são uma ou outra maneira derivadas deste.

Os Vedas são as mais antigas escrituras religiosas do mundo. Quando não existia a escrita os versos dos Vedas foram passados pela memória. Estes versos são compostos não só de regras de gramática mas de música também. Isto quer dizer que, há milhares de anos atrás, os sábios tinham conhecimento da música. Os versos dos Vedas cantados, seguindo as regras da gramática e da música, eram chamados de ved mantras.

Os Bij mantras dos chakras também são associados às notas musicais e quando cantados na nota correta produzem melhores resultados.

A primeira nota "SA" (DO) que deu origem a todas as notas da oitava, está associada ao chakra coronário que é a origem de todos os outros chakras. No contexto musical indiano, esta nota é chamada de achal (freqüência fixa), de freqüência 240 ciclos por segundo e as freqüências das outras notas são derivadas desta, inclusive das outras oitavas.

A segunda nota "RE" (RÉ) representa o chakra do terceiro olho. O chakra da garganta, o próximo da seqüência, que é considerado como ponte entre elementos densos e sutis, está associado a última nota da oitava o "NI" (SI) que é a ponte entre uma oitava e a próxima mais sutil. As próximas quatro notas, representam os quatro chakras inferiores em seqüência.

Os Nadis (canais ) por onde a energia cósmica flui têm os terminais nas mãos e pés e os chakras têm as correspondências nestas regiões.

Para fortificar ou harmonizar os chakras deve-se recitar os Bij mantras na tonalidade correta. Quando se ao mesmo tempo os estimula através de massagem nas mãos e pés nas regiões correspondentes, o efeito aumenta.


4.4.1 CORRESPÕNDENCIA DOS CHAKRAS COM AS NOTAS MUSICAIS

PRÁTICA

1. Acender uma vareta de incenso da sua preferência.

2. Vestir um mínimo possível de roupa, preferivelmente de cor leve ou branca, lavada com suas próprias mãos.

3. Sentar no chão confortavelmente, em cima de um tapete ou pano grosso de lã natural, seda ou algodão de cor amarela ou laranja.

4. Se você está querendo harmonizar um ou alguns chakras recitar os mantras destes chakras no mínimo 5 vezes no tom e na nota correta (conforme o cd), concentrando no respectivo chakra e suas qualidades. Mentalizar no objetivo de que as energias cósmicas podem fluir livremente através dos chakras.

5. Recitar os mantras de cada chakra começando pelo básico, do mesmo modo descrito no item anterior, com objetivo de desbloquear todos os canais de fluxo de energia e harmonizar os chakras com os tattvas (elementos) cósmicos.

6. Simultaneamente ao recitar os mantras massageie as zonas correspondentes das mãos e dos pés do respectivo chakra na ordem: mãos – esquerda, direita; Pês – esquerdo, direito.

7. Finalize a prática com a oração de sua preferência ou coloque o cd de áudio com canções devocionais.


4.4.2 CORRESPÔNDENCIA DOS CHAKRAS COM MÃOS E PÊS


http://www.meetaravindra.com/meeta/vendas/vendas.htm